A Glória das Folhas

A Glória das Folhas
As vezes contemplamos uma obra magistral na parede de um museu. Mas a arte também pode estar no galho de uma árvore ou no caule de uma planta.

domingo, 18 de maio de 2014

Os Animais Invertebrados

O reino Metazoa, ou animal, é composto por uma enorme variedade de espécies, desde animais simples como as esponjas até os complexos seres humanos.
Dentre as características mais gerais desse reino, compartilhadas pelos diversos filos animais, pode-se citar a forma heterotrófica de nutrição e a organização multicelular do corpo, cujas células especializadas repartem trabalho e funcionam integradamente.
Os cientistas admitem que todos os animais descendem de um mesmo grupo de primitivos protozoários marinhos, disso resultando aquelas características mais gerais do reino.
A partir desses ancestrais unicelulares, em um passado que remonta a mais de 600 milhões de anos, houve a formidável diversificação que levou ao aparecimento de vários tipos de animais, cada qual com sua estratégias típicas para sobreviver. Esses diferentes ramos originaram os filos atuais.
Do total das espécies vivas conhecidas, cerca de 75% pertencem ao reino animal. Entre os animais, cerca de 90% são invertebrados. Os invertebrados somam mais de trinta filos.

Poríferos ou Esponjas (filo Porifera)
Os poríferos (espongiários ou esponjas) constituem o grupo mais simples de animais metazoários. Embora multicelulares, com células relativamente especializadas, sua organização é rudimentar.
a simplicidade de sua estrutura e a pequena interdependência entre as suas células colocam as esponjas em níveis pouco acima dos protozoários que formam colônias.
O nome porífera (poris, poro; foros, portador) refere-se ao fato de os representantes deste filo apresentarem o corpo todo perfurado por poros microscópicos.

Aspectos Anatômicos e Fisiológicos das Esponjas
Uma esponja simples individual é um organismo que vive fixo a um substrato submerso. Sua forma lembra um vaso, com a base fixada e uma abertura, chamada ósculo, oposta à base. O oco central do corpo da esponja é chamado de átrio, ou espongiocela.

Tipos de Células das Esponjas
A parede do corpo da esponja é composta por duas camadas celulares: a externa é constituída por células achatadas chamadas pinacócitos e a interna é formada por células flageladas, denominadas coanócitos. Essa parede corporal é toda perfurada por poros microscópicos, o que dá à esponja sua característica mais típica.
Cada poro é um canal microscópico que atravessa o citoplasma de uma célula especializada chamada porócito. É através dos poros que a água, trazendo oxigênio e partículas alimentares, penetra na cavidade atrial do espongiário.
Entre as duas camadas celulares existe um  material gelatinoso, onde se movem células ameboides, os amebócitos, que originam os elementos esqueléticos da esponja.
Os elementos esqueléticos podem ser redes de fibras proteicas interligadas ou espículas feitas de material silicoso ou calcário.

Esquema que ilustra a anatomia básica de um espongiário e as células que compõem o seu corpo
As esponjas não têm sistema muscular, nervoso ou sensorial; pequenas modificações na forma do corpo, entretanto, podem ser conseguidas pela retração das células de revestimento e dos porócitos.

Alimentação e Digestão
Quanto à alimentação, as esponjas são animais filtradores. A movimentação dos flagelos dos coanócitos que revestem o átrio cria um fluxo de água que sai pelo ósculo. Em consequência, a água penetra pelos poros da parede corporal. A água que entra contém os gases necessários à respiração e também partículas alimentares em suspensão.
As partículas alimentares são capturadas pelos coanócitos, capazes de realizar fagocitose. O alimento é digerido intracelularmente em vacúolos digestivos, e os produtos da digestão difundem-se para as outras células do corpo. Os resíduos que as células produzem são lançados diretamente para fora, espalhando-se na água circundante.
Como vemos, nas esponjas não estão presentes sistemas digestivo, respiratório, circulatório ou excretor.
Todos os espongiários são aquáticos, e a maioria das espécies vive no mar. algumas esponjas são indivíduos isolados; outras, formam colônias que se incrustam em substratos submersos (rochas, madeira, conchas etc.).
Sua coloração pode variar do laranja ao vermelho, do azul ao negro. Esponjas cujos esqueletos são de fibras macias e flexíveis foram usadas (e ainda o são, em menor escala) como esponjas de banho e de limpeza.

Diferentes estruturas esqueléticas (espículas calcárias, fibras e espículas silicosas)
Colônia de esponjas

A Reprodução das Esponjas
Os poríferos se reproduzem tanto assexuadamente como sexuadamente.
Exemplificando o primeiro caso, é comum que fragmentos de esponjas possam regenerar esponjas completas. Várias espécies reproduzem-se por brotamento; os brotos geralmente permanecem unidos, crescem e formam uma colônia de espongiários.
As esponjas também apresentam formas sexuais de reprodução. Células ameboides do corpo sofrem meiose e diferenciam-se em óvulos e espermatozoides. os espermatozoides são liberados na água e penetram na parede do corpo das fêmeas, onde fecundam os óvulos.

A Larva Anfiblástula
O zigoto começa seu desenvolvimento e logo se libera do corpo da esponja-fêmea, originando uma pequena larva, denominada anfiblástula. O termo larva refere-se, genericamente, a um estágio jovem de desenvolvimento de um animal. a larva anfiblástula, ao encontrar condições adequadas, fixa-se ao substrato e origina uma nova esponja. Pelo fato de haver estágio larval, podemos dizer que o desenvolvimento das esponjas é indireto.

O ciclo de reprodução sexuada nas esponjas. O óvulo fecundado desenvolve-se formando a pequena
larva anfiblástula, que nada até se fixar em um substrato, fechando o ciclo.

Resumo: Espongiários ou Poríferos

Diagnose de um porífero: animal filtrador, com nível simples de organização corporal; não apresenta qualquer órgão ou sistema.

Habitat: ambiente aquático, a maioria das espécies é marinha.

Exemplos: poríferos usados como esponjas de banho (gênero Spongia)

Dados de anatomia e fisiologia
Sistema digestivo: ausente (alimento fagocitado por coanócitos).
Sistema circulatório: ausente (difusão de substâncias através dos espaços entre as células).
Sistema respiratório: ausente (trocas gasosas por simples difusão).
Sistema excretor: ausente (excreções lançadas, por difusão, na água circundante).
Sistema nervoso: ausente.

Reprodução: assexuada, por fragmentação e brotamento; sexuada, com desenvolvimento indireto (larva anfiblástula).

sábado, 17 de maio de 2014

A Biosfera

A Terra é hoje um planeta repleto de vida. Das profundezas dos oceanos ao topo das mais altas montanhas, das geleiras dos pólos às tórridas regiões equatoriais, iremos sempre encontrar alguma forma de vida, adaptada às condições do ambiente em que habitam.
É verdade que na superfície da Terra existem áreas muito quentes, muito frias ou secas demais para permitirem o desenvolvimento de vida. Mesmo assim pode haver, nessas regiões como nas altitudes atmosféricas, esporos de fungos e de bactérias, que, embora em estado de vida temporariamente suspensa, podem se desenvolver quando encontram condições adequadas.
Na década de 30, os cientistas começaram a empregar o termo biosfera para se referirem à região do planeta ocupada pelos seres vivos.

O Conceito de Biosfera
O conceito de biosfera foi criado por analogia a outros conceitos empregados para designar partes de nosso planeta. O termo litosfera, por exemplo, refere-se à crosta, isto é, à camada rochosa que forma a superfície terrestre (litos, rocha); já a atmosfera é a camada de ar que circunda o planeta (atmos, ar).
Tais camadas são contínuas, isto é, verdadeiras esferas de rocha e ar. Não se pode dizer o mesmo da biosfera, a qual seria, espacialmente, um tanto irregular, devido exatamente ao fato de existirem locais onde a vida é escassa ou mesmo inexistente.
De modo geral, entretanto, podemos dizer que os limites da biosfera se estendem desde as altas montanhas até as profundezas das fossas abissais marinhas.

O Homem na Biosfera
O advento da espécie humana na biosfera data de uns 100 mil anos, episódio relativamente recente se pensarmos que a vida surgiu na Terra há quase 4 bilhões de anos.
a grande expansão das populações humanas aconteceu, realmente, durante o último milênio. A presença massiva do homem tem interferido profundamente no mundo natural.
Nos últimos tempos, as alterações por nós provocadas processam-se a tal velocidade que muitas espécies de seres não conseguem se adaptar, sendo levadas mesmo à extinção.
É natural pensarmos que hoje, conscientes da intrincada trama da vida no planeta, conseguiríamos preservar a harmonia da biosfera. Isso não tem sido conseguido e constitui uma questão para se pensar. O que nos reserva o futuro?
Se não nos conscientizarmos rapidamente de que as espécies de seres vivos, inclusive a humana, mantêm inúmeras inter-relações, e que a interferência abusiva no mundo vivo pode provocar sérios desequilíbrios, estaremos pondo em risco o resultado de bilhões de anos de evolução e a sobrevivência de inúmeras espécies, inclusive a nossa.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

A Evolução dos Primeiros Seres Vivos

Resumo final, reunido às suposições acerca da evolução da vida na Terra, durante seus estágios iniciais.

Moléculas orgânicas: Matéria-prima para a Vida
Em primeiro lugar, surgiram os ingredientes básicos que iriam constituir os primeiros seres vivos: as moléculas orgânicas.
Essas moléculas formaram-se espontaneamente a partir da atmosfera terrestre e foram gradativamente acumulando-se nas poças de água salina e lamacenta da superfície da Terra primitiva.
Essas moléculas orgânicas não apenas originaram os primeiros seres como foram, durante muito tempo, sua única fonte de alimento.
Lembre-se de que o alimento desempenha, para um ser vivo duas funções fundamentais: fornece energia para todos os processos vitais e acrescenta matéria para que o ser possa crescer e se reproduzir.
Os primeiros seres vivos seriam pouco mais do que simples agregados moleculares, que a muito custo mantinham sua organização. Para isso utilizavam continuamente as moléculas orgânicas, então abundantes nos mares primitivos.
A evolução desses proto-seres fez com que eles ficassem cada vez mais bem adaptados às condições ambientais. Embora muitos tivessem vida curta, outros provavelmente eram capazes de se manter, crescer e originar descendentes.

Os Primeiros Seres
Enquanto existia alimento abundante na “sopa nutritiva” primordial, os seres vivos continuaram a depender diretamente dela como fonte energética e de matéria-prima.
O processo mais simples de obtenção de energia a partir de substâncias orgânicas é a fermentação. Nesse processo, moléculas orgânicas são quebradas em compostos mais simples, liberando parte da energia nelas contida.

Reação de fermentação alcoólica da glicose
Tudo indica que os primeiros seres a viver nos mares primitivos obtinham energia das moléculas orgânicas ali presentes, através da fermentação.
Não é difícil imaginar que, um dia, as moléculas orgânicas disponíveis como alimento acabariam. A formação de tais moléculas na atmosfera estava cessando, com a progressiva redução do metano e amônia disponíveis.
Com a diminuição das moléculas orgânicas nos mares, a vida no planeta corria o risco de desaparecer. Isso só não ocorreu porque, nessa é poça, já haviam surgido seres capazes de captar a energia luminosa do Sol: os seres fotossintetizantes.

Os Primeiros Seres Autótrofos
Esses seres fabricavam, ou sintetizavam seu próprio alimento, sendo por isso chamados de autótrofos (auto, próprio; trofos, nutrição, alimento).
Os seres autótrofos fotossintetizantes, como é de se supor, tiveram uma formidável multiplicação, uma vez que não dependiam da existência de fontes externas de alimento. Sua expansão viria causar profundas mudanças no planeta.
A proliferação desses seres foi diretamente responsável pela grande expansão das populações de seres heterótrofos (hetero, diferente; trofos, nutrição), que são aqueles que não têm capacidade de fabricar seu próprio alimento. Os heterótrofos, que até então dependiam das já escassas moléculas nutritivas do meio, puderam se alimentar dos autótrofos.

A fotossíntese e a origem do Gás Oxigênio
Outra modificação provocada pelo aparecimento dos seres fotossintetizantes foi o acúmulo de uma grande quantidade de gás oxigênio na atmosfera. Esse gás é liberado no processo da fotossíntese.

Equação da fotossíntese

Antes de surgirem os seres autótrofos, havia bem pouco oxigênio na composição atmosférica. Hoje, aproximadamente 20% do volume atmosférico é ocupado por esse gás. Isso mostra muito bem a intensa atividade fotossintetizante que ocorreu e ainda ocorre na Terra.

A Origem da Respiração Aeróbica
Descendentes dos primeiros heterótrofos conseguiram desenvolver a capacidade de aproveitar o oxigênio no processo de nutrição. Eles passaram a utilizar esse gás como oxidante, para libertar a energia do alimento.

Processo da respiração aeróbica
O processo descrito acima é a chamada respiração aeróbica (aeróbica pelo fato de usar oxigênio do ar). Nos dias de hoje, as células de todos os animais e plantas aproveitam-se do oxigênio gasoso para realizar a respiração.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Os Primeiros Seres Vivos

A Formação dos Caldos Nutritivos
O que teria acontecido com as moléculas orgânicas formadas nos primórdios de nosso planeta?
Os cientistas acreditam que as águas das chuvas arrastavam as moléculas recém-formadas para as regiões mais baixas da crosta, onde se acumulava nos mares em formação.
Durante milhões de anos, moléculas orgânicas foram, assim, se acumulando nos mares primitivos, transformando-os em verdadeiros caldos orgânicos ou, na expressão de alguns cientistas, em verdadeiras sopas nutritivas.
Os lagos ricos em compostos orgânicos eventualmente secavam e, durante esse processo, as moléculas eram concentradas em volumes cada vez mais reduzidos de líquido. Essa alta concentração, aliada ao calor e à intensa radiação que atingia a mistura, fazia com que as moléculas reagissem entre si, dando origem a novos tipos de substâncias.
Deve ter sido nos fundos lamacentos dos lagos quase secos que novas substâncias orgânicas, como proteínas e ácidos nucleicos, puderam se formar. Esse deve ter sido o berço dos primeiros seres vivos.

Os Coacervados
Quando analisamos os seres vivos atuais, percebemos que a vida não está dispersa pelo meio ambiente. Todo ser vivo é uma entidade autônoma, separada do mundo exterior por, pelo menos, uma membrana.
Nesse sentido, são interessantes as ideias do bioquímico russo A. I. Oparin, de que o fenômeno da coacervação pode ter tido papel importante na origem dos primeiros seres vivos.

Coacervação e Coacervados
A coacervação ocorre quando certos tipos de moléculas, por exemplo, certas proteínas, são dissolvidas em água. Ao invés de se dispersarem por todo o líquido, essas moléculas agrupam-se em pequenos aglomerados. Ao redor de cada aglomerado, forma-se uma película aquosa que não só ajuda a manter a sua integridade, como também o isola parcialmente do meio.

Desenho esquemático mostrando como um
coacervado é formado. Moléculas de proteína são
envolvidas por moléculas de água e reunidas, formando
um aglomerado.

Os agregados assim formados são conhecidos como coacervados.
Esses coacervados nem de longe se assemelham ao mais simples dos seres vivos que conhecemos. No entanto, a formação de agregados isolados de moléculas orgânicas pode ter sido um passo importante em direção ao aparecimento da vida.
A vida teria começado quando um agregado de moléculas adquiriu pelo menos duas capacidades: a de manter sua organização por certo tempo e a de se dividir formando entidades semelhantes a ele.
Organização e reprodução, eis dois atributos fundamentais de qualquer ser vivo.

Nosso Primeiro Ancestral
Embora não tenhamos um retrado exato de nosso mais primitivo ancestral, podemos imaginar como ele seria: microscópico e delimitado por uma membrana. Em seu interior, reações químicas ordenadas lhe permitiam transformar moléculas nutritivas obtidas do meio, extraindo delas matéria-prima e energia para manter a organização.
Ao atingir certo tamanho ou idade, esse protótipo de ser vivo reproduzia-se por um processo simples de bipartição, transformando-se em dois novos seres, que, ao crescerem, iriam repetir a reprodução, perpetuando sua descendência.

terça-feira, 13 de maio de 2014

A Evolução Pré-biológica

Tudo indica que atualmente, os seres vivos somente podem surgir pela reprodução de seus genitores. É isso o que diz a teoria da biogênese.
Os cientistas admitem, todavia, que os primeiros seres vivos surgiram espontaneamente na superfície da Terra, logo depois que esta se formou.
Acredita-se que, na Terra primitiva, existiam todas as condições para o aparecimento de seres vivos muito simples, que evoluíram, dando origem a todas as espécies atuais.

Os Ingredientes Básicos da Matéria Viva
Hoje sabemos que a matéria constituinte dos seres vivos não difere, em essência, daquela que forma os seres brutos, isto é, não-vivos. Toda a matéria presente no universo resulta do arranjo de apenas 105 tipos básicos de átomos elementares.
As substâncias que constituem os seres vivos apresentam, no entanto, certas peculiaridades que as diferem daquelas que formam outros componentes do universo.
Tirando a água, a maior parte da matéria do corpo dos seres vivos é constituída, principalmente, por átomos de carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio (O) e nitrogênio (N), que se agregam para formar as moléculas orgânicas.
Os cientistas concordam que as moléculas orgânicas teriam de estar presentes na Terra primitiva para que a vida surgisse.
Diversas experiências têm mostrados que, de fato, muitas dessa moléculas poderiam ter-se formado a partir de reações entre os gases existentes na atmosfera da Terra primitiva. O mais clássico desses experimentos foi realizado por Stanley Miller, em 1953.

O Experimento de Miller
Miller e seu professor, Harold C. Urey, construíram um aparelho que simulava as condições supostamente existentes na Terra primitiva.
Nesse aparelho, uma mistura dos gases metano, amônia, hidrogênio, e vapor d'água foi bombardeada durante uma semana com descargas elétricas.
a mistura de gases simulava a atmosfera primitiva. as descargas elétricas simulavam os raios produzidos nas grandes tempestades que devem ter ocorrido nos primórdios da existência de nosso planeta.
Num determinado local do aparelho, havia um condensador que provocava o resfriamento dos gases presentes em seu interior. Ali, o vapor de água condensava-se e escorria, na forma líquida, para a parte inferior do aparelho. Com isso procurava-se simular as chuvas primitivas.
No local onde a água se acumulava, havia um aquecedor que fazia com que ela fervesse e se transformasse novamente em vapor. Simulava-se, assim, a evaporação da água das chuvas na superfície quente da Terra primitiva.

Esquema do aparelho usado por Miller em seu experimento sobre síntese abiológica de moléculas orgânicas

Após deixar o sistema em funcionamento por uma semana, Miller examinou o conteúdo do aparelho. A única diferença visível a olho nu era que o líquido, antes incolor, apresentava-se agora avermelhado.
Os testes químicos, no entanto, mostraram que o líquido avermelhado continha diversos compostos que não estavam presentes no início do experimento, entre eles os aminoácidos alanina e glicina e alguns outros compostos orgânicos.
Seguindo os passos de Miller, outros cientistas realizaram experimentos onde simulavam as condições da Terra primitiva. Nesses experimentos conseguiu-se produzir muitos tipos de moléculas orgânicas.
Ficou demonstrado, assim, que grande parte das substâncias orgânicas que compõem os seres vivos poderiam ter se formado antes da origem da vida na Terra.


segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Origem da Vida

A Teoria da Geração Espontânea (Abiogênese)
Como surgiu a vida na Terra? Durante muito tempo se pensou que ela teria surgido por geração espontânea.
A teoria da geração espontânea, também conhecida como abiogênese, admitia que seres vivos podiam surgir espontaneamente da matéria sem vida.
Certamente não teria sentido discutir a origem da vida se admitirmos que os seres vivos, a qualquer momento, podem surgir de um aglomerado de matéria bruta.
Assim, as discussões a respeito da origem da vida em nosso planeta só passaram a despertar interesse quando a teoria da geração espontânea caiu totalmente em descrédito.
Isso aconteceu graças, principalmente, aos experimentos dos importantes cientistas: Redi e Pasteur.

Os Experimentos de Redi
Redi realizou seus importantes experimentos em fins do século XVII.
Até essa época, a maioria das pessoas acreditava que seres vermiformes que se desenvolvem em cadáveres de animais provinham da decomposição da própria carne.
Redi levou em conta que, antes do aparecimento daqueles animais, inúmeras moscas pousaram sobre a carne e nela depositaram ovos. Ele imaginou, então, que os “vermes” poderiam estar surgindo dos ovos das moscas.
Imbuído de um forte espírito científico, Redi, em vez de simplesmente descrever sua hipótese sobre a origem dos “vermes”, realizou experimentos para testá-las.
Ele colocou cadáveres de cobras, peixes e outros animais em alguns frascos de boca larga. Tapou alguns deles com uma finíssima gaze e deixou outros abertos.
Nos frascos abertos, onde as moscas entravam e saiam continuamente, surgiu logo uma enorme quantidade de animais vermiformes. Nos frascos tapados com a gaze, onde as moscas não conseguiam entrar, não apareceu um único verme, apesar de muitos dias terem se passado.

O experimento de Redi. Substâncias orgânicas
foram colocadas em diversos frascos pra que
entrassem em decomposição. Alguns desses recipientes
foram cobertos com uma gaze e os outros deixados
descobertos. Redi constatou que as larvas só apareciam
nos frascos descobertos, onde as moscas conseguiam entrar.

Redi, não satisfeito com essa comprovação, acompanhou o desenvolvimento dos “vermes”. Verificou então que, após algum tempo, eles se transformavam em moscas idênticas às que haviam visitado a carne.
Assim, Redi demonstrou que os animais vermiformes da carne em decomposição eram, na verdade, larvas de moscas. A teoria de que eles surgiam da decomposição da carne não tinha, portanto, fundamento.
Os Experimentos de Pasteur
A teoria da geração espontânea ficou muito desacreditada após os experimentos de Redi. Quando se descobriram os organismos microscópicos, porém, ela voltou a ser cogitada, para explicar a origem desses minúsculos seres.

A Polêmica Sobre a origem dos Micróbios
Durante anos, os cientistas se dividiram em dois grupos: aqueles que acreditavam na origem dos micróbios por geração espontânea e aqueles que combatiam essa ideia. Para esses últimos, os micróbios originavam-se de germes existentes no ar. Ao caírem em um ambiente propício, eles se multiplicavam.
Os cientistas que combatiam a teoria da geração espontânea realizaram experimentos bem planejados com o intuito de derrubá-la. Eles ferveram líquidos contendo matéria orgânica e mantiveram uma parte dos frascos fechada e outra parte aberta.
Os micróbios apareceram nos frascos abertos, mas não nos fechados. Bastava, no entanto, abrir esses frascos para que, depois de poucos dias, o líquido ficasse repleto de micro-organismos.
Os defensores da teoria da geração espontânea não se convenceram com esses experimentos. Eles argumentavam que a vedação completa dos frascos evitava a entrada de ar, e essa era a condição essencial para o surgimento de vida no líquido nutritivo.
Essas discussões entre os cientistas a respeito da origem dos micróbios prolongaram-se até 1860. Nessa época, o cientista francês Louis Pasteur demonstrou irrefutavelmente que o aparecimento de micróbios em caldos nutritivos decorre da sua contaminação por germes presentes no ar.

Os Frascos com Pescoço de Cisne
A experiência de Pasteur consistiu em colocar um líquido nutritivo (água, levedo de cerveja e suco de beterraba) em balões de vidro de pescoços longos. Os pescoços dos frascos eram esticados e torcidos de modo a tomarem uma forma semelhante à de um pescoço de cisne.
Pasteur fervia o líquido de cada frasco, com a intenção de eliminar todos os micróbios aí presentes. Em seguida, fazia com que o caldo fervido esfriasse lentamente. Isso era necessário para evitar que a contração brusca do ar dentro do balão sugasse demasiadamente rápido o ar de fora, o que traria micróbios contaminantes ao caldo.
Com o resfriamento lento, o ar penetrava no recipiente de vidro. Os micróbios, no entanto, ficavam retidos nas curvas do pescoço dos balões.
Não apareceram micróbios nos líquidos desses frascos, mesmo após meses ou anos. Bastava, no entanto, quebrar o pescoço do frasco para que rapidamente o líquido se enchesse daqueles minúsculos seres.

Esquema do experimento de Pasteur sobre geração espontânea

A explicação para esses resultados é que os micróbios presentes no ar não conseguiam subir pelo pescoço retorcido dos frascos de Pasteur. Ao se quebrar o pescoço, os micróbios caíam diretamente no líquido e proliferavam.

A Teoria da Biogênese
Essa experiência e várias outras que se seguiram derrubaram definitivamente a teoria da geração espontânea. Passou a ser aceito por todos, então, que um ser vivo só se origina de outro ser preexistente, através da reprodução. Surgia, assim, a teoria da biogênese.
Isso colocou em pauta uma nova polêmica: e os primeiros seres vivos, de onde teriam vindo?


  

domingo, 11 de maio de 2014

As Dez Mães mais Dedicadas da Natureza

1º – Fêmea do Piolho do Mar
A fêmea do piolho do mar, quando o macho a atrai para dentro da toca é o começo do fim para ela, no período de gestação as dezenas de seus filhos a comem por dentro para sobreviver, assim quando a casca dela se rompe acaba morrendo. Essa mãe acaba fazendo o maior sacrifício para que os filhotes tenham vida. Por isso merece o primeiro lugar.

2º – Fêmea do Polvo
Na segunda posição a mãe polvo é uma das mais radicais, ela tem que se proteger do bacalhau, com isso ela se esconde em tocas para proteger seus ovos. Durante os quarenta dias de ovulação ela tem que ficar jorrando água e esfregando seus 50 mil ovos com os tentáculos quase sem parar. Com isso, passados os quarenta dias, os filhos saem e ela está muito cansada, mas ainda tem seus inimigos, com isso o bacalhau acaba a matando por ela estar sem força nenhuma para se defender.


3º – Fêmea do Elefante Marinho
Olhando de longe a mãe elefante marinho parece ter uma vida fácil, pois ela fica deitada na beira do mar enquanto os machos brigam por ela. Durante o período de gestação de 11 meses ela come 1 quilo de gordura por dia, um mês após sua cria nascer ela perde 270 quilos, cerca de 10 quilos por dia para produzir leite.



4º – Fêmea do Calau
A fêmea do Calau durante o período de chocar o ovo fica presa em seu ninho por meses. Ela fica dentro de um tronco de árvore oco para se proteger dos lagartos, posteriormente fecha o buraco de entrada com suas fezes, que endurecem como cimento, ficando somente uma pequena janela.


5º – Fêmea do Orangotango
A mãe orangotango é muito radical, pois ela vive sua vida em árvores e todos os dias ela constrói uma nova casa para ela e seu filhote, a sua vida é uma constante busca por comida e novas casas todos os dias.


6º – Fêmea do Guepardo
A fêmea do guepardo pode ter até seis filhos em cada gestação, elas tem que caçar o dia todo para alimentar seus filhotes, também precisa comer para produzir leite. Por dois anos a fêmea precisa aguentar os jovens desajeitados que passam o dia deitados ou atrapalhando suas caçadas.


7º – Fêmea do Urso Polar
As ursas são animais solitários, pois os ursos depois de acasalarem vão embora. Na sua gestação elas têm que dobrar seu peso e ganhar 180 quilos de gordura para dar segurança aos seus filhos. Quando vem o inverno no ártico elas criam pequenas cavernas para hibernarem, o mais curioso é que elas têm seus filhos enquanto dormem, os filhotes nascem cegos e sem dentes. Depois disso as supermães cuidam de seus pequenos por mais dois anos.



8º – Fêmea do Aligátor
Elas cuidam de suas crias os colocando dentro da boca, mas antes de eles nascerem, a fêmea do aligátor cuida do seu ninho por quase dois meses. Na hora de nascerem os aligátores utilizam sons para saber se o filho já está pronto para vir ao mundo.


9º – Fêmea do Coala
A fêmea do Coala também é uma excelente mãe e dorminhoca, passa até 22 horas por dia dormindo, ela tem um bom sistema digestivo, protege seu filho passando proteção contra os vírus de plantas através de suas fezes.


10º – Fêmea do Elefante
A fêmea do elefante tem vinte e dois meses de gestação, imagina quase dois anos esperando o filhote que nasce com quase 90 quilos. Nas famílias dos elefantes quem manda são as mães, os machos depois de um tempo são todos expulsos do bando, ficando apenas elas no grupo. Imagina como os filhotes são mimados.